Uma mensagem de Leonard Jacobson
27 de Abril de 2011
Pergunta: Em sua introdução no site, você fala sobre “uma total ausência de julgamento”, como o segundo passo para o despertar. Eu acho isto muito difícil. Eu experienciei como o julgamento me magoa e aos outros. Entretanto, é muito difícil superar o julgamento em minha vida. Quaisquer sugestões que tenha, serão muito apreciadas.
Resposta de Leonard: Seria muito útil para você ler os meus livros, pois eu proporciono uma orientação detalhada nos livros quanto a como superar os sentimentos de raiva, ressentimento, censura, culpa e julgamento. Eu ofereço também uma orientação de como estar mais plenamente presente, o que é de importância fundamental na superação destes sentimentos.
Entretanto, eu estou feliz em oferecer alguma orientação aqui.
Aqui estão algumas sugestões.
Decida que você não mais será crítico. Você não julgará os outros e nem se permitirá ser afetado pelos julgamentos dos outros. É uma decisão que você toma e uma intenção a aderir.
Isto não significa que o julgamento simplesmente terminará. Velhos hábitos são difíceis de desaparecer. Traga a consciência ao julgamento a cada vez que ele surgir em você. Não julgue ou tente interrompê-lo. Não tenha medo de expressar o julgamento, mas certifique-se de não dirigi-lo para outra pessoa. É útil ouvir os seus próprios julgamentos expressos em voz alta. Expresse o julgamento de uma forma despreocupada. Não o leve muito a sério. Se fizer isto, sem acreditar em nada disto, verá o absurdo dele. Provavelmente você começará a rir. Uma vez que tenha identificado o julgamento, simplesmente o deixe ir. Os julgamentos não são verdadeiros. Tudo o que eles fazem é mantê-lo na separação.
Algumas vezes é útil exagerar no julgamento. Encontre meios criativos para exagerar nos julgamentos dentro de você. Você saberá que está no caminho certo se começar a rir. Por exemplo, você poderia perambular, julgando tudo no jardim. Faça disto uma meditação diária, durante uma semana. Novamente, é uma abordagem despreocupada. Apenas porque o julgamento nos mantenha em uma eterna separação, não significa que deveríamos levá-lo a sério.
Não critique o julgamento. Este é como um laço duplo que o prende mais ainda a ele. Não o leve a sério. A natureza do ego é julgar. Cabe a você não se deixar iludir e demonstrar ao ego que você está além do julgamento e nem mesmo criticará o julgamento do ego.
Você não pode realmente transcender a nada, a menos que tenha a dimensão do Ser, disponível a você. Escolha estar presente mais frequentemente em sua vida. Quando você escolher estar mais presente, acessará esta sua dimensão que é o seu Ser. É esta dimensão sua que vive neste momento e não em outro. No nível do Ser não há julgamento.
Há uma história em um dos meus livros sobre Adão e Eva. Eu incluirei esta aqui, na esperança de que a considerem interessante e talvez, útil.
ADÃO E EVA
Em Gênesis, nos é dito que Adão e Eva foram expulsos do Jardim do Éden, porque eles tinham comido a fruta da árvore do conhecimento do que é o bem e o mal. Decidir o que é o bem e o mal, é um julgamento. É o julgamento que resultou na expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden. É o julgamento que impede o seu retorno.
Deus advertiu-os a respeito do julgamento. Agora o julgamento os tinha levado ao mundo da dualidade. Ele os tinha tirado da Mente de Deus para um mundo de suas próprias mentes. Eles tinham escolhido se separar de Deus e seguir o seu próprio caminho. Agora eles estão condenados a viver em um mundo de sua própria criação.
Adão e Eva existem dentro de cada um de nós. É uma história que reflete o estado original da nossa consciência. Ela reflete o nosso estado de Ser original. Nós começamos no Jardim do Éden. Começamos em um estado de inocência. Começamos na Mente de Deus. Agora estamos separados de Deus. Afastamo-nos de Deus e a única coisa que nos mantém na queda é o nosso contínuo julgamento.
Quando começarmos a reconhecer que o julgamento é o pecado original que nos desviou, poderemos começar o processo longo e delicado de transcender o julgamento em nossas vidas. Quando tivermos transcendido o julgamento completamente, perceberemos que fomos restituídos à Deus. Retornamos ao Jardim do Éden. Achamos o nosso caminho para o Lar.
Mas para a nossa absoluta perplexidade, constataremos que o Jardim do Éden não mais existe na mente de Deus. Aquilo que começou como uma imagem na mente de Deus foi manifestada na forma física. A Mente de Deus deu origem ao Corpo Divino. O Jardim do Éden existe agora na forma física. É o nosso planeta Terra.
Quando despertarmos plenamente no momento presente, compreenderemos que viemos para casa. Na verdade, estivemos sempre em casa. Mas como Adão e Eva, nós abandonamos Deus e o Jardim do Éden, viajando no mundo ilusório de nossas próprias mentes.
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