À medida que os seres humanos se vão deixando atrair à aura colectiva dos vários centros de potência hierárquica da Terra, cada ser está sendo chamado para o centro e o varrimento energético que lhe corresponde. As nossas identidades, a experiência psicológica que nós temos de nós próprios e dos outros, está em completa mutação.
Liz actua no aumento da voltagem do poder atractor da alma sobre a personalidade, actua no estímulo de uma imensa superfície de vibração acima da nossa mente (corpo causal). Liz é um centro qualificado pelo 4º Raio (Harmonia por Conflito), o raio que funde opostos.
O que são os Raios?
A evolução da revelação do Divino a um planeta não confederado é feita por vagas sucessivas. Geralmente um planeta que não pertence à confederação intergaláctica luta com uma equação complexa composta pela força do passado, pelo coeficiente de células cerebrais activas em média numa humanidade, pela iniciação respectiva do Logos desse planeta e pela natureza dos povos que o habita.
Em termos filosóficos e espirituais, significa que, no princípio existem centenas de deuses, centenas de fragmentos da intuição única, existem tendências animistas. À medida que os milénios passam, é possível começar a revelar gradualmente a existência do único Pai.
A passagem de um planeta não confederado para um planeta em processo de iluminação gradual, é feita através de passos extremamente exactos e isso está entregue a uma ordem cósmica que neste planeta é conhecida como a ordem de Melquisedeque. Esta Ordem mantém o fio condutor entre todas as revelações disponíveis e autorizadas para um planeta. A Ordem e os vários Melquisedeques residentes num planeta funcionam como eixos auto conscientes em torno dos quais, os círculos das revelações que vêm de níveis cósmicos e celestes podem ir descendo, permeabilizando, impressionando o intuitivo colectivo. A Ordem de Melquisedeque é uma ordem de iniciação global, eles actuam ao nível da hipófise da Humanidade como um todo. Só após a 3ª iniciação um discípulo começa a sentir e a responder coerentemente à impressão magnética produzida pelo factor Melquisedeque.
Isso é válido porque as iniciações da Terra são acelerações evolutivas, no entanto, toda a humanidade, na sua dignidade, na sua transparência, no seu amor oculto, articula-se com a Ordem de Melquisedeque. Esses pivots que descem à atmosfera psíquica de um planeta, têm a função de manter concêntricas, nos planos internos, todas as religiões, todos os esforços de ascensão do Homem e todas as descidas de novas partículas de revelação. Os Melquisedeques estão sempre presentes na transmissão, no estímulo e no fortalecimento da consciência do Deus único.
A partir da etapa em que é possível uma Humanidade manter-se minimamente estável perante a força de convexão produzida pela consciência de um Deus único, o que não é fácil porque implica renunciar a camadas e camadas de tendências e de hábitos locais, é possível fazer descer um avatar maior que trabalhe com a consciência da Trindade (que revele a acção dos circuitos do Pai, do Filho e da Mãe), e que possa sem nenhuma possibilidade de produzir nenhum retorno ao politeísmo animista, começar a instruir essa humanidade nos segredos das técnicas de escape que o Divino utiliza em relação ao infinito. Se Ele não se defraccionar em a Trindade Ele é igual a infinito. Para efeitos de Criação, Essa unidade cósmica absoluta e transcendente necessita de se defraccionar em Trindade. A Trindade é uma técnica dissociativa dentro do próprio Divino, de forma a criar funções que permitem a Criação. Sem Criação não é necessário o Filho como contemplador e consciência que mantém e sustém a Criação. E muito menos é necessário a Mãe como substracto e suporte e ondulação a partir do qual é gerada a luz, as linhas de gravidade, o tempo, o espaço, enfim, a tela na qual o Universo é pintado.
O processo de defração do Divino não termina na Trindade. A Mãe, o terceiro aspecto do Divino, subdivide-se novamente em quatro aspectos que são atributos da Mãe (Raios, penetrações activas do eterno dentro do tempo e do espaço).
Cada uma destas quatro formações do Divino são, exactamente, radiações. O Pai, O Filho e a Mãe - o 1º, o 2º e o 3º Raio, que são aspectos do Divino e finalmente o 4º o 5º o 6º e o 7º que são atributos do Divino. A diferença entre aspecto e atributo é que o aspecto é uma técnica de escape em relação ao infinito, é um método de criação, enquanto que os atributos são formas de manutenção do Universo.
O 1º Raio está relacionado com a Vontade e o Poder é um raio de inseminação pura do transcendente para dentro do espaço e do tempo. É a própria unidade.
O 2º Raio está relacionado com a Consciência Cósmica - Amor-Sabedoria. Para existir consciência é necessário haver dois polos, um positivo e outro negativo e a consciência oscila a uma velocidade infinita entre estes dois polos. O polo negativo é a criação em evolução. O polo positivo é o próprio Divino. A consciência cósmica - o Filho - situa-se estável entre estes dois polos e ele gere as sucessivas interpenetrações entre a Mãe e o Pai ele é o resultado dessa relação. Ele é consciência porque ele liga substância à vida pura. De alguma forma, estas grandes categorias do Universo, dá-se um loop sobre ele próprio. No momento em que o Divino reflecte sobre ele próprio nasce o 2º Raio, ele lida com a dualidade. A principal característica do 2º Raio é o Amor.
O 3º Raio, a Mãe, qualifica a dança cósmica - Actividade inteligente diz respeito a todo o movimento, actividade, luz, ondulação, alternância, jogo, dança, em todos os seus níveis.
O 4º Raio lida com a Harmonia
O 5º Raio lida com a Ciência
O 6º Raio lida com a Devoção
O 7º Raio lida com a pulsação, com a disciplina e com o Cerimonial
Quando nos é dito que sendo Liz um centro de energia feminina trabalha através do 4º Raio, estão-nos a tentar ensinar a forma através da qual é gerado em nós um conflito e através do qual esse conflito é superado.
Um discípulo é um ser que está começando a adquirir uma visão dupla, não mais vê o que está à sua frente (emoções e pensamentos) ele é um ser auto inaugurado acima da mente. A dor do discípulo é a dor da dualidade entre a forma e a vida. Entre a vida que atravessa toda a substância e utiliza formas como trampolins para si mesma e tão depressa cumpre a função que uma forma lhe permite atingir, supera essa forma para uma mais perfeita, e as organizações de substância física, emocional e mental que permitem o encarnar sucessivo de níveis, de voltagens, e de presenças de vida cada vez mais amplos.
Um casamento é uma forma emocional. Um golfinho é uma forma física. O marxismo-leninismo é uma forma mental.
A vida é uma massa avassaladora de perfeição que é transmitida à matéria em evolução. A vida que é um atributo do Pai, é sempre perfeita em si mesma, ela satura electricamente o Universo. O arco de trânsito da vida parte dos altos níveis paradisíacos centrais acima dos universos evolutivos, desce em massa, e por mandato divino, precisa de se exprimir do lado de baixo da tela espaço-temporal.
O espaço e o tempo, as formações biológicas, emocionais, mentais, são máscaras através das quais a vida brinca com ela mesma. Não existem vidas, existe VIDA. O facto de que biologicamente e cientificamente se observa uma mudança de comportamento na matéria, da passagem do inorgânico para o orgânico, ou seja, a partir de um certo grau de combinação de proteínas começam a acontecer palpitações que os físicos e os químicos definem como vida, essa vida não é a vida dos ocultistas, essa é a vida dos bioquímicos.
A vida dos ocultistas é um facto perfeito e suberano por detrás do espaço e do tempo, no qual várias combinações de vida são possíveis.
O discípulo aprendeu a olhar para si próprio como um suporte de vida, que tudo é uma onda de vida, e que essa onda vai lutar até às últimas consequências para plasmar a perfeição na matéria e na substância em ascensão. O Divino na sua perfeição, auto emana-se para fora da transcendência e coloca a si próprio um problema que é o espaço-tempo, um garrote que limita a passagem do princípio vida, da perfeição.
As organizações periféricas de pensamento, são formas alfandegárias de ir adaptando essa potência perfeita que emana do centro do teu ser ao problema do espaço e do tempo.
Nós somos diafragmas entre a eternidade e o tempo. Nós estamos sendo chamados a uma progressiva plasticidade até que finalmente o barro se transforma em óleo.
O discípulo foi amorosamente retirado da tripla gaiola humana e colocado na gaiola nº 4, a intuitiva, de forma que ele adquire uma dupla visão e ele vê a forma, e a forma como a forma revela qualidade da perfeição e do infinito.
O problema principal da nossa alma é superar a dualidade entre a substância e o espírito. Ela tem uma parte que está impregnada de substância - ser psíquico - e tem outra parte completamente virada para o Divino - eu superior - então, a nossa alma é um espectro entre o eu psíquico e o eu superior, e muitas vezes, sofre a tensão do facto de o Universo estar em construção.
A dor de um discípulo formado é a consciência de que existem zonas do universo que não foram ainda terminadas, porque abaixo da alma há este imenso oceano de incomplitude, de confusão, de caos, de obscuridade e acima da alma temos a presença divina que não pára. A nossa alma está sendo submetida a uma força divinizante ao mesmo tempo que é submetida à máscara do espaço e do tempo - esta é a crucificação e a dualidade que caracteriza o discípulo.
À medida que o processo se aprofunda, a alma começa a ser admitida gradualmente na região monádica e no vórtice divino que é a mónada. Cada vez mais tu percebes que há um sorriso em ti que é independente dos acontecimentos exteriores. O 4º Raio é esse sorriso.
Existem três etapas de iluminação dentro da condição de discípulo. Quando um ser entra nesta condição pela primeira vez, ele compreende como tudo limita a vida (o corpo, as emoções, a mente), ele contempla a totalidade do problema dos três planos inferiores.
Existem crianças sem afecto porque existem crianças com excesso de afecto no planeta, existem zonas ou famílias ou lógicas que fecham a energia afectiva no planeta. Estas concentrações no plano afectivo acontecem no plano económico, no da alimentação, etc.. A energia afectiva que devia funcionar como um fluxo homogéneo de forma a não ser retido em nenhum momento, devia circular sem encontrar nódulos de resistência e funcionar como uma imensa maré. Dão-se fenómenos de primeiro mundo e de terceiro mundo a nível afectivo. Há pessoas e famílias que fazem ampolas de resistência afectiva dentro delas, isso faz com que todo o grande fluxo de amor que deve circular no plano astral, fique retido em certas zonas. O amor nos planos superiores não pode ser espelhado no seu oposto, mas não há nada mais fácil de inverter no seu oposto, do que o amor no plano astral. Tu gostas de mim enquanto eu correspondo à tua expectativa sobre o que tu achas que eu tenho que ser, porque se te desaponto, é como se eu não existisse mais. É assim que as pessoas vivem. Eu tenho que aprender a amar o outro pela essência dele.
A primeira iluminação de um discípulo acontece quando ele vê como tudo limita a vida e ainda que isto seja, num certo nível, uma experiência de dor, num outro nível é uma iluminação, porque ele pela primeira vez está a começar a sair das trevas, a distanciar-se da fé que ele colocava nas formas. Ele está numa condição equivalente ao touro branco da mitologia que tem apenas um só olho, ele está completamente estável sobre a Terra, o Divino dentro dele despertou, e ele tem acesso a um primeiro olhar de Deus através dos seus próprios olhos.
Tu apreendes a afectividade com os olhos do Pai e não mais com os olhos psico afectivos, sócio-económico-civilizacionais, etc..
O amor palpável e visível é a grande forma de exprimir amor. A consciência cresce através das formas para além das quais o amor é expresso. Quando a família faz uma ilha e é incapaz de crescer afectivamente para fora da família, para outros núcleos, ela torna-se um foco de paralisia da energia afectiva. A família devia ser a primeira a ficar em paz quando um membro da família declarasse que tinha decidido caminhar para o Divino, mas as famílias, a partir do momento em que um chega lá e diz: “o meu caminho é na direcção do Divino”, entram em pânico, porque elas aceitam um modelo de amor mas não aceitam o amor total e o amor total liberta, devolve as pessoas à sua verdadeira identidade, que é uma identidade pré e pós familiar.
A família é um episódio na vida da alma, nós temos dificuldade em encarnar sem passar através da família, mas a alma é um arco de consciência anterior à família e posterior à família. A família não gangrena afectivamente quando aprender a respeitar esses arcos de consciência. A família aceita enquanto o arco de consciência for entre o socio-económico e o familiar, entre o profissional e o familiar, agora, quando uma alma declara a sua liberdade maior no seio da família, ela imediatamente não sabe como lidar com esse factor. O que é que se passa? Ou a família cresce ou o planeta explode. As famílias correctas são formadas por atracção entre as almas. Acima das famílias por atracção entre almas, começam-se a formar grupos espirituais por atracção entre mónadas, e as famílias deveriam aprender a reverenciar, a amar, a proteger aqueles que têm possibilidade de responder a um impulso mais alto.
Em qualquer sociedade tradicional, o rapaz de 11 anos que começa a falar das coisas mais altas da tribo, é levado ao ancião da montanha. A nossa sociedade perdeu o contacto com o ancião da montanha e não sabe o que fazer com a criança especial e como ainda por cima, devido ao tipo de processo que a civilização está a viver, a criança especial está-se a revelar em centenas de milhares com 30, 40, 50 anos, as famílias, de repente, vêem-se em cheque no seu modelo tradicional.
O que está a mexer com a energia da família não é um choque comportamental, é que, ou a família cresce para os níveis espirituais e aprende que o amor da família é da família, e o amor de Deus é de Deus, e aprende a fornecer apoio para uma vocação espiritual autêntica no seio duma família, ou ela começa a colocar-se, sem dar por isso, contra a onda de auto revelação maciça da humanidade a si própria. E é por isso que muitas famílias estão em desactivação acelerada. As famílias estão a ser postas em causa, porque elas não estão a saber evoluir para dentro do espírito.
Não há nada na estrutura de uma família que precise ser posto em questão, que impeça a iluminação total de um ser (senão não haveria famílias de mestres e há mestres e discípulos avançados que formam família), mas há alguma coisa no subconsciente dos seres que formam a família que impede, então, quando há um que desperta no seio de uma família, a família é convidada a crescer.
A partir do momento que tu tomas consciência do que limita a vida, começas a operar no nível da segunda iluminação do discípulo, começas a tomar consciência do eu, da realidade que está por detrás da realidade que limita a vida. Na primeira iluminação tu apercebes-te do que prende. Na segunda iluminação tu apercebes-te do que liberta.
As pessoas que estão neste momento tendo uma experiência de redução dolorosa da sua liberdade, de perceberem como tudo é antagónico à sua necessidade de perfeição, eles estão a chegar à primeira iluminação. Essa não é uma experiência de limitação. Ter consciência do que limita, é uma libertação. Esta é a diferença entre não ter consciência e não se sentir limitado, e finalmente, aquele que julgava que era um insecto rastejante descobre que tem asas, dá-se o síndroma Fernão Capelo Gaivota, que é um conjunto de sintomas muito específicos e nessa primeira iluminação, tu percebes que podes voar e ao mesmo tempo, encontras-te numa sociedade para quem tudo o que seja acima da manutenção básica, é remetido para o plano da utopia.
Pela primeira vez o pássaro apercebe-se que está dentro duma prisão, essa é a condição da primeira iluminação do discípulo.
Por André Louro de Almeida
Liz actua no aumento da voltagem do poder atractor da alma sobre a personalidade, actua no estímulo de uma imensa superfície de vibração acima da nossa mente (corpo causal). Liz é um centro qualificado pelo 4º Raio (Harmonia por Conflito), o raio que funde opostos.
O que são os Raios?
A evolução da revelação do Divino a um planeta não confederado é feita por vagas sucessivas. Geralmente um planeta que não pertence à confederação intergaláctica luta com uma equação complexa composta pela força do passado, pelo coeficiente de células cerebrais activas em média numa humanidade, pela iniciação respectiva do Logos desse planeta e pela natureza dos povos que o habita.
Em termos filosóficos e espirituais, significa que, no princípio existem centenas de deuses, centenas de fragmentos da intuição única, existem tendências animistas. À medida que os milénios passam, é possível começar a revelar gradualmente a existência do único Pai.
A passagem de um planeta não confederado para um planeta em processo de iluminação gradual, é feita através de passos extremamente exactos e isso está entregue a uma ordem cósmica que neste planeta é conhecida como a ordem de Melquisedeque. Esta Ordem mantém o fio condutor entre todas as revelações disponíveis e autorizadas para um planeta. A Ordem e os vários Melquisedeques residentes num planeta funcionam como eixos auto conscientes em torno dos quais, os círculos das revelações que vêm de níveis cósmicos e celestes podem ir descendo, permeabilizando, impressionando o intuitivo colectivo. A Ordem de Melquisedeque é uma ordem de iniciação global, eles actuam ao nível da hipófise da Humanidade como um todo. Só após a 3ª iniciação um discípulo começa a sentir e a responder coerentemente à impressão magnética produzida pelo factor Melquisedeque.
Isso é válido porque as iniciações da Terra são acelerações evolutivas, no entanto, toda a humanidade, na sua dignidade, na sua transparência, no seu amor oculto, articula-se com a Ordem de Melquisedeque. Esses pivots que descem à atmosfera psíquica de um planeta, têm a função de manter concêntricas, nos planos internos, todas as religiões, todos os esforços de ascensão do Homem e todas as descidas de novas partículas de revelação. Os Melquisedeques estão sempre presentes na transmissão, no estímulo e no fortalecimento da consciência do Deus único.
A partir da etapa em que é possível uma Humanidade manter-se minimamente estável perante a força de convexão produzida pela consciência de um Deus único, o que não é fácil porque implica renunciar a camadas e camadas de tendências e de hábitos locais, é possível fazer descer um avatar maior que trabalhe com a consciência da Trindade (que revele a acção dos circuitos do Pai, do Filho e da Mãe), e que possa sem nenhuma possibilidade de produzir nenhum retorno ao politeísmo animista, começar a instruir essa humanidade nos segredos das técnicas de escape que o Divino utiliza em relação ao infinito. Se Ele não se defraccionar em a Trindade Ele é igual a infinito. Para efeitos de Criação, Essa unidade cósmica absoluta e transcendente necessita de se defraccionar em Trindade. A Trindade é uma técnica dissociativa dentro do próprio Divino, de forma a criar funções que permitem a Criação. Sem Criação não é necessário o Filho como contemplador e consciência que mantém e sustém a Criação. E muito menos é necessário a Mãe como substracto e suporte e ondulação a partir do qual é gerada a luz, as linhas de gravidade, o tempo, o espaço, enfim, a tela na qual o Universo é pintado.
O processo de defração do Divino não termina na Trindade. A Mãe, o terceiro aspecto do Divino, subdivide-se novamente em quatro aspectos que são atributos da Mãe (Raios, penetrações activas do eterno dentro do tempo e do espaço).
Cada uma destas quatro formações do Divino são, exactamente, radiações. O Pai, O Filho e a Mãe - o 1º, o 2º e o 3º Raio, que são aspectos do Divino e finalmente o 4º o 5º o 6º e o 7º que são atributos do Divino. A diferença entre aspecto e atributo é que o aspecto é uma técnica de escape em relação ao infinito, é um método de criação, enquanto que os atributos são formas de manutenção do Universo.
O 1º Raio está relacionado com a Vontade e o Poder é um raio de inseminação pura do transcendente para dentro do espaço e do tempo. É a própria unidade.
O 2º Raio está relacionado com a Consciência Cósmica - Amor-Sabedoria. Para existir consciência é necessário haver dois polos, um positivo e outro negativo e a consciência oscila a uma velocidade infinita entre estes dois polos. O polo negativo é a criação em evolução. O polo positivo é o próprio Divino. A consciência cósmica - o Filho - situa-se estável entre estes dois polos e ele gere as sucessivas interpenetrações entre a Mãe e o Pai ele é o resultado dessa relação. Ele é consciência porque ele liga substância à vida pura. De alguma forma, estas grandes categorias do Universo, dá-se um loop sobre ele próprio. No momento em que o Divino reflecte sobre ele próprio nasce o 2º Raio, ele lida com a dualidade. A principal característica do 2º Raio é o Amor.
O 3º Raio, a Mãe, qualifica a dança cósmica - Actividade inteligente diz respeito a todo o movimento, actividade, luz, ondulação, alternância, jogo, dança, em todos os seus níveis.
O 4º Raio lida com a Harmonia
O 5º Raio lida com a Ciência
O 6º Raio lida com a Devoção
O 7º Raio lida com a pulsação, com a disciplina e com o Cerimonial
Quando nos é dito que sendo Liz um centro de energia feminina trabalha através do 4º Raio, estão-nos a tentar ensinar a forma através da qual é gerado em nós um conflito e através do qual esse conflito é superado.
Um discípulo é um ser que está começando a adquirir uma visão dupla, não mais vê o que está à sua frente (emoções e pensamentos) ele é um ser auto inaugurado acima da mente. A dor do discípulo é a dor da dualidade entre a forma e a vida. Entre a vida que atravessa toda a substância e utiliza formas como trampolins para si mesma e tão depressa cumpre a função que uma forma lhe permite atingir, supera essa forma para uma mais perfeita, e as organizações de substância física, emocional e mental que permitem o encarnar sucessivo de níveis, de voltagens, e de presenças de vida cada vez mais amplos.
Um casamento é uma forma emocional. Um golfinho é uma forma física. O marxismo-leninismo é uma forma mental.
A vida é uma massa avassaladora de perfeição que é transmitida à matéria em evolução. A vida que é um atributo do Pai, é sempre perfeita em si mesma, ela satura electricamente o Universo. O arco de trânsito da vida parte dos altos níveis paradisíacos centrais acima dos universos evolutivos, desce em massa, e por mandato divino, precisa de se exprimir do lado de baixo da tela espaço-temporal.
O espaço e o tempo, as formações biológicas, emocionais, mentais, são máscaras através das quais a vida brinca com ela mesma. Não existem vidas, existe VIDA. O facto de que biologicamente e cientificamente se observa uma mudança de comportamento na matéria, da passagem do inorgânico para o orgânico, ou seja, a partir de um certo grau de combinação de proteínas começam a acontecer palpitações que os físicos e os químicos definem como vida, essa vida não é a vida dos ocultistas, essa é a vida dos bioquímicos.
A vida dos ocultistas é um facto perfeito e suberano por detrás do espaço e do tempo, no qual várias combinações de vida são possíveis.
O discípulo aprendeu a olhar para si próprio como um suporte de vida, que tudo é uma onda de vida, e que essa onda vai lutar até às últimas consequências para plasmar a perfeição na matéria e na substância em ascensão. O Divino na sua perfeição, auto emana-se para fora da transcendência e coloca a si próprio um problema que é o espaço-tempo, um garrote que limita a passagem do princípio vida, da perfeição.
As organizações periféricas de pensamento, são formas alfandegárias de ir adaptando essa potência perfeita que emana do centro do teu ser ao problema do espaço e do tempo.
Nós somos diafragmas entre a eternidade e o tempo. Nós estamos sendo chamados a uma progressiva plasticidade até que finalmente o barro se transforma em óleo.
O discípulo foi amorosamente retirado da tripla gaiola humana e colocado na gaiola nº 4, a intuitiva, de forma que ele adquire uma dupla visão e ele vê a forma, e a forma como a forma revela qualidade da perfeição e do infinito.
O problema principal da nossa alma é superar a dualidade entre a substância e o espírito. Ela tem uma parte que está impregnada de substância - ser psíquico - e tem outra parte completamente virada para o Divino - eu superior - então, a nossa alma é um espectro entre o eu psíquico e o eu superior, e muitas vezes, sofre a tensão do facto de o Universo estar em construção.
A dor de um discípulo formado é a consciência de que existem zonas do universo que não foram ainda terminadas, porque abaixo da alma há este imenso oceano de incomplitude, de confusão, de caos, de obscuridade e acima da alma temos a presença divina que não pára. A nossa alma está sendo submetida a uma força divinizante ao mesmo tempo que é submetida à máscara do espaço e do tempo - esta é a crucificação e a dualidade que caracteriza o discípulo.
À medida que o processo se aprofunda, a alma começa a ser admitida gradualmente na região monádica e no vórtice divino que é a mónada. Cada vez mais tu percebes que há um sorriso em ti que é independente dos acontecimentos exteriores. O 4º Raio é esse sorriso.
Existem três etapas de iluminação dentro da condição de discípulo. Quando um ser entra nesta condição pela primeira vez, ele compreende como tudo limita a vida (o corpo, as emoções, a mente), ele contempla a totalidade do problema dos três planos inferiores.
Existem crianças sem afecto porque existem crianças com excesso de afecto no planeta, existem zonas ou famílias ou lógicas que fecham a energia afectiva no planeta. Estas concentrações no plano afectivo acontecem no plano económico, no da alimentação, etc.. A energia afectiva que devia funcionar como um fluxo homogéneo de forma a não ser retido em nenhum momento, devia circular sem encontrar nódulos de resistência e funcionar como uma imensa maré. Dão-se fenómenos de primeiro mundo e de terceiro mundo a nível afectivo. Há pessoas e famílias que fazem ampolas de resistência afectiva dentro delas, isso faz com que todo o grande fluxo de amor que deve circular no plano astral, fique retido em certas zonas. O amor nos planos superiores não pode ser espelhado no seu oposto, mas não há nada mais fácil de inverter no seu oposto, do que o amor no plano astral. Tu gostas de mim enquanto eu correspondo à tua expectativa sobre o que tu achas que eu tenho que ser, porque se te desaponto, é como se eu não existisse mais. É assim que as pessoas vivem. Eu tenho que aprender a amar o outro pela essência dele.
A primeira iluminação de um discípulo acontece quando ele vê como tudo limita a vida e ainda que isto seja, num certo nível, uma experiência de dor, num outro nível é uma iluminação, porque ele pela primeira vez está a começar a sair das trevas, a distanciar-se da fé que ele colocava nas formas. Ele está numa condição equivalente ao touro branco da mitologia que tem apenas um só olho, ele está completamente estável sobre a Terra, o Divino dentro dele despertou, e ele tem acesso a um primeiro olhar de Deus através dos seus próprios olhos.
Tu apreendes a afectividade com os olhos do Pai e não mais com os olhos psico afectivos, sócio-económico-civilizacionais, etc..
O amor palpável e visível é a grande forma de exprimir amor. A consciência cresce através das formas para além das quais o amor é expresso. Quando a família faz uma ilha e é incapaz de crescer afectivamente para fora da família, para outros núcleos, ela torna-se um foco de paralisia da energia afectiva. A família devia ser a primeira a ficar em paz quando um membro da família declarasse que tinha decidido caminhar para o Divino, mas as famílias, a partir do momento em que um chega lá e diz: “o meu caminho é na direcção do Divino”, entram em pânico, porque elas aceitam um modelo de amor mas não aceitam o amor total e o amor total liberta, devolve as pessoas à sua verdadeira identidade, que é uma identidade pré e pós familiar.
A família é um episódio na vida da alma, nós temos dificuldade em encarnar sem passar através da família, mas a alma é um arco de consciência anterior à família e posterior à família. A família não gangrena afectivamente quando aprender a respeitar esses arcos de consciência. A família aceita enquanto o arco de consciência for entre o socio-económico e o familiar, entre o profissional e o familiar, agora, quando uma alma declara a sua liberdade maior no seio da família, ela imediatamente não sabe como lidar com esse factor. O que é que se passa? Ou a família cresce ou o planeta explode. As famílias correctas são formadas por atracção entre as almas. Acima das famílias por atracção entre almas, começam-se a formar grupos espirituais por atracção entre mónadas, e as famílias deveriam aprender a reverenciar, a amar, a proteger aqueles que têm possibilidade de responder a um impulso mais alto.
Em qualquer sociedade tradicional, o rapaz de 11 anos que começa a falar das coisas mais altas da tribo, é levado ao ancião da montanha. A nossa sociedade perdeu o contacto com o ancião da montanha e não sabe o que fazer com a criança especial e como ainda por cima, devido ao tipo de processo que a civilização está a viver, a criança especial está-se a revelar em centenas de milhares com 30, 40, 50 anos, as famílias, de repente, vêem-se em cheque no seu modelo tradicional.
O que está a mexer com a energia da família não é um choque comportamental, é que, ou a família cresce para os níveis espirituais e aprende que o amor da família é da família, e o amor de Deus é de Deus, e aprende a fornecer apoio para uma vocação espiritual autêntica no seio duma família, ou ela começa a colocar-se, sem dar por isso, contra a onda de auto revelação maciça da humanidade a si própria. E é por isso que muitas famílias estão em desactivação acelerada. As famílias estão a ser postas em causa, porque elas não estão a saber evoluir para dentro do espírito.
Não há nada na estrutura de uma família que precise ser posto em questão, que impeça a iluminação total de um ser (senão não haveria famílias de mestres e há mestres e discípulos avançados que formam família), mas há alguma coisa no subconsciente dos seres que formam a família que impede, então, quando há um que desperta no seio de uma família, a família é convidada a crescer.
A partir do momento que tu tomas consciência do que limita a vida, começas a operar no nível da segunda iluminação do discípulo, começas a tomar consciência do eu, da realidade que está por detrás da realidade que limita a vida. Na primeira iluminação tu apercebes-te do que prende. Na segunda iluminação tu apercebes-te do que liberta.
As pessoas que estão neste momento tendo uma experiência de redução dolorosa da sua liberdade, de perceberem como tudo é antagónico à sua necessidade de perfeição, eles estão a chegar à primeira iluminação. Essa não é uma experiência de limitação. Ter consciência do que limita, é uma libertação. Esta é a diferença entre não ter consciência e não se sentir limitado, e finalmente, aquele que julgava que era um insecto rastejante descobre que tem asas, dá-se o síndroma Fernão Capelo Gaivota, que é um conjunto de sintomas muito específicos e nessa primeira iluminação, tu percebes que podes voar e ao mesmo tempo, encontras-te numa sociedade para quem tudo o que seja acima da manutenção básica, é remetido para o plano da utopia.
Pela primeira vez o pássaro apercebe-se que está dentro duma prisão, essa é a condição da primeira iluminação do discípulo.
Por André Louro de Almeida
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Imagem da autoria de Daniel B Holeman
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