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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Armadilhas no Caminho de tornar-se Um Curador




A Série de Cura
Mensagens de Jeshua Canalizadas através de Pámela Rose Kribbe
No dia 25 de julho de 2004, apresentamos uma canalização de Jeshua na nossa clínica em Tilburg.

Abaixo, você pode ler o texto, bem como as respostas de Jeshua às perguntas das pessoas do auditório.

O texto falado foi revisado para facilitar a leitura.




Queridas pessoas,

É com grande prazer e felicidade que eu falo com vocês através da Pamela e lhes dou as boas-vindas a este lugar, onde vocês se reuniram para ouvir a mim, um velho amigo de vocês. Eu sou Jeshua. Eu estive entre vocês na minha vida na Terra, como Jesus.

Eu fui humano e eu sei de tudo que vocês passam como seres humanos num corpo terreno e numa vida terrena. E eu vim aqui para ajudá-los a entender quem vocês são. Todos vocês que estão aqui presentes, e muitos dentre aqueles que vão ler este texto mais tarde, são Trabalhadores da Luz.

Vocês são anjos de luz, que se esqueceram quem realmente são.

Todos vocês passaram por muitas provações na sua jornada na Terra, através das suas muitas vidas terrenas. E eu conheço essas provações por mim mesmo.

Agora vocês chegaram num ponto da história da sua alma, onde está havendo um encerramento, a conclusão de um determinado estágio da sua história.

Vocês todos estão num ponto do seu desenvolvimento, em que estão tendo um contato mais forte com o Ser Interior que vocês realmente são, com o seu Eu Superior, que é independente de tempo e espaço. Vocês estão no processo de permitir que o seu Eu Interior ou Superior se integre com o seu ser terreno, com a sua vida atual.

Vocês todos ainda estão um pouco constrangidos em contatar seu Ser Superior, porque se esqueceram que vocês próprios são essa grande fonte de luz. Esqueceram-se que todo o conhecimento e amor que vocês estão procurando está presente no seu próprio campo de energia, na sua própria aura.

Apesar disso, todos vocês começaram a entrar em contato com essa fonte profunda de luz dentro de si. Portanto, agora é apropriado, no seu caminho de vida, que vocês dêem assistência a outros – profissionalmente ou não – em sua jornada interior.

Mesmo que a sua própria jornada interior ainda não tenha terminado, vocês são capazes, a partir de um certo ponto, de compartilhar as suas energias de percepção e sabedoria com outros. Todos vocês se sentem chamados a fazer isto.

A partir do momento em que vocês assumem a responsabilidade de curar ou ser um professor, algumas armadilhas aparecem no seu caminho. Elas estão ancoradas num certo mal entendido a respeito do processo que os outros passam para se tornarem inteiros, e a sua parte nisso. É sobre estas armadilhas que eu gostaria de falar hoje.

O QUE É A CURA?

Qual é a essência da cura? O que acontece quando alguém fica “bem”, seja no nível psicológico, emocional ou físico?

O que acontece é que essa pessoa torna-se capaz de fazer uma conexão, num nível mais profundo, com a sua própria luz interior, com aquele ser que ela realmente é. Essa conexão tem um efeito curador em todas as camadas do ser, tanto no nível psicológico, quanto nos corpos físico e emocional.

O que toda pessoa procura em um curador ou terapeuta, é um espaço energético no qual ela própria seja capaz de contatar sua luz interior. O curador ou terapeuta pode oferecer esse espaço, porque ele mesmo já fez essa conexão dentro de si. O curador tem uma freqüência à sua disposição, uma freqüência energética no seu interior, que contém a solução para o problema do buscador da cura.

Ser um curador ou terapeuta significa: carregar a freqüência energética da solução no seu campo energético e oferecê-la para outra pessoa. É isto que é, nada mais.

Basicamente, é um processo que pode acontecer sem palavras ou ações. A própria energia que você tem, como curador ou terapeuta, é que possui um efeito curador. É a sua energia “iluminada”, que você oferece como um espaço no qual uma outra pessoa pode entrar em contato com a luz interior dela, com o seu próprio âmago. É o contato interno que faz com que a cura aconteça. Toda cura é, na verdade, uma auto-cura.

Curar ou ajudar, em essência, não tem nada a ver com habilidades específicas ou conhecimentos específicos que podem ser aprendidos em livros ou cursos. O poder curativo não pode ser adquirido através de alguma coisa externa. Ele tem a ver com a “freqüência da solução”, que está presente no seu campo de energia, como resultado do seu próprio crescimento interior e clareza de consciência.

Geralmente, isto ainda não está completo em todos os aspectos, porque vocês ainda estão envolvidos num processo pessoal de crescimento de consciência. Mas existem partes do seu campo energético que se tornaram tão claras e puras, que elas podem ter um efeito curativo nos outros.

É essencial compreender que não é preciso trabalhar para alcançar esses efeitos. É o paciente ou cliente que decide assimilar ou não a freqüência, permitir ou não que ela entre. A escolha é dele. Você oferece-a pelo que você é, “estando ali” para o outro. Não é por causa das habilidades ou conhecimentos que você adquiriu de alguém, que você cura, mas puramente pelo que você é, pelo caminho interior que você percorreu. Principalmente na área dos problemas pelos quais você mesmo passou, tendo sentido no âmago do seu ser as emoções que os acompanharam, é que você pode ajudar melhor o outro.

Por isso, auto-curar, assumir a responsabilidade pelas suas próprias feridas internas e envolvê-las na luz da sua consciência, é tão importante para os Trabalhadores da Luz. A capacidade de auto-curar é que faz de você um curador ou Trabalhador da Luz. A freqüência da solução dentro do seu campo de energia é que possibilita que outros encontrem o caminho para a sua própria (auto) cura

Quando você está tratando seus pacientes ou ajudando pessoas ao seu redor, você geralmente “lê” a energia deles e lhes dá informação, ou trata-os energeticamente. Mas o seu paciente, ou a pessoa que você está tratando, também está ocupada em “ler” você. Da mesma forma que você está sentindo a energia dele, ele também – consciente ou inconscientemente – está absorvendo a sua energia. Ele sente se o que você fala e faz vem ou não vem do seu ser, da sua freqüência energética. Ele sente você.

É nessa leitura que o cliente faz de você, que ocorre a verdadeira quebra das defesas. Quando o cliente sente ali o espaço que ele precisa para retomar o contato interno com seu próprio Ser, suas palavras e ações adquirem uma qualidade curativa. Então, elas se tornam os portadores da luz e do amor que pode levar o cliente ao âmago da sua própria luz e amor.

Quando alguém vem a você buscando sinceramente ajuda, ele se abre de tal forma para a sua energia, que ele pode ser tocado pelas partes mais puras do seu ser. Estas partes de você não provêm dos livros que você leu nem do material que você aprendeu; elas não são meras habilidades ou instrumentos. Elas são o resultado de uma alquimia pessoal, uma transformação pessoal de consciência que leva a sua marca exclusiva.

Eu quero enfatizar firmemente esta questão, porque parece que existe uma tendência entre os Trabalhadores da Luz (pessoas que, por natureza, sentem uma forte necessidade de ajudar os outros) de viver procurando um novo livro, um novo método, uma nova habilidade, que possa ajuda-los a ser um melhor terapeuta ou curador.

A cura verdadeira é tão simples.

Quando eu vivi na Terra, algo fluía dos meus olhos. Meus olhos apresentavam uma energia que possuía um efeito curativo imediato nas pessoas que estavam abertas a ela. Isto não era nenhum truque de mágica nem efeito especial. Eu estava em contato com a minha fonte interna de verdade. Eu podia deixar a luz e o amor divinos, que eram minha herança – assim como são sua herança – fluírem de mim para outros seres viventes. Isto tinha um efeito curativo naqueles que estavam verdadeiramente abertos a isso.

O mesmo acontece com vocês. Neste aspecto, vocês não são diferentes de mim. Todos vocês caminharam pela estrada interior da liberdade e da auto-realização, para chegar no mesmo ponto onde eu cheguei, quando eu vivi na Terra. Vocês todos estão no processo que os levará a tornarem-se conscientes do Cristo em vocês.

A energia Crística é o seu destino e a sua meta, e vocês estão cada vez mais próximos desse destino. É o Cristo em vocês que trata e cura, como uma conseqüência natural do que ele é. Muito freqüentemente, vocês ainda se identificam com o discípulo, aquele que se senta aos pés do guru e escuta, pergunta e busca. Mas, estou lhes dizendo que o tempo de ser um discípulo terminou. É tempo de reivindicar a sua maestria. É tempo de dar ao Cristo em vocês, a chance de se manifestar na sua realidade terrena cotidiana.

Para realmente se tornar um com a consciência Crística e alcançar a sua maestria como um curador, vocês precisam se desapegar de algumas coisas. Estas coisas representam as armadilhas no caminho para se tornar um curador. É sobre isto que eu quero lhes falar hoje. Vou diferenciar três áreas nas quais lhes é pedido que se desapeguem.

A ARMADILHA DA CABEÇA.

A primeira armadilha está na área da cabeça – a mente. Vocês são muito versados em analisar, em raciocinar por meio do pensamento lógico. Entretanto, a parte mental, pensante, de vocês é verdadeiramente uma parte do mundo da dualidade. Com “mundo da dualidade” queremos dizer uma realidade de consciência onde os fatos são divididos em bom ou mau, claro ou escuro, masculino ou feminino, amigo ou adversário, etc. Em outras palavras, uma realidade de consciência onde a unidade subjacente a todos os fenômenos não é reconhecida, mas onde o julgamento e a diferença são vistos como verdadeiros e objetivos.

A energia Crística é realmente uma energia que está acima ou abaixo da dualidade. Ela é que forma a unidade por baixo de todas as polaridades. Mas a mente não reconhece esta corrente de unidade. A mente gostaria de partir essa corrente, dividi-la em partes, classificá-las e colocá-las em diferentes compartimentos. A mente gosta de projetar estruturas, teorias que podem ser colocadas sobre a realidade, sobre a experiência direta.

Isto também acontece quando vocês tentam curar os outros. A partir de uma perspectiva racional, vocês tentam colocar os sintomas individuais do cliente dentro de uma estrutura mais ampla, uma categoria mais generalizada, e vocês gostam de imaginar todo tipo de teorias a respeito desse tipo de problema e das soluções para ele.

Agora, não estou dizendo que tudo isto esteja errado. Mas eu gostaria de lhes pedir o seguinte: quando vocês estiverem trabalhando com os outros – seja profissionalmente ou em sua vida pessoal – tentem e desapeguem-se de todos os seus pensamentos e raciocínios, de todas as suas considerações racionais sobre qual é o problema do outro, e ouçam puramente a energia do outro. Tentem sentir, com seu coração e intuição, onde o outro está, dentro do mundo interno dele.

Este foi o propósito do exercício que Gerrit fez com vocês antes, o segundo exercício. (Jeshua refere-se a dois exercícios de meditação que foram feitos no começo da sessão. Eles estão descritos abaixo, depois deste texto)

Geralmente, vocês têm todo tipo de idéia a respeito do que outra pessoa deveria ou não deveria fazer para conseguir superar seus bloqueios internos. E essas idéias muitas vezes são mais ou menos verdadeiras. Mas a questão é que nem sempre elas estão sintonizadas com a energia do outro no agora, neste momento do tempo. Pode ser que o outro precise de uma abordagem ou energia completamente diferente daquela à que você pode chegar com a sua mente racional.

Eu gostaria de convidá-los a enxergar e sentir a outra pessoa puramente a partir daquele lugar quieto e intuitivo dentro de vocês mesmos, onde vocês transcendem a dualidade e voltam para casa, para a energia Crística. Eu os convido a realmente deixar que o outro os inspire, quando vocês lhe oferecerem ajuda.

Assim a solução geralmente é muito simples.

Vejam, por exemplo, os pais que querem ajudar seus filhos nos problemas que estes encontram em seu caminho. Geralmente, devido à experiência, os pais têm uma visão melhor de certas coisas do que os seus filhos, e eles podem ver as conseqüências de determinadas ações, antes dos seus filhos.

A partir desse conhecimento, os pais gostariam de salvar seus filhos de situações negativas, ou preveni-los e estimula-los a rever as suas escolhas. Isto pode parecer uma boa maneira de ajudar, do ponto de vista da mente.

Mas se um pai se sintonizasse com a criança, a partir do seu lado intuitivo, quieto, e simplesmente ouvisse o que a criança pede dele, geralmente encontraria algo totalmente diferente. Porque, o que a criança mais freqüentemente precisa, no fundo do seu ser, é da confiança sincera dos seus pais.

“Confie em mim. Deixe-me ser quem eu sou. Deixe-me cometer erros, deixe-me tropeçar, deixe-me ser quem eu sou, e mantenha a sua fé em mim.”

A sua confiança sincera em seu filho pode encoraja-lo a ir para dentro de si mesmo e consultar a sua própria intuição. Isto pode ajuda-lo a tomar uma decisão que seja realmente boa para ele e que também seja compreensível para você, do seu ponto de vista.

Entretanto, se você tentar fazer com que o seu filho faça alguma coisa de acordo com a estrutura da sua mente, seu filho vai perceber em você um sentimento de falta de confiança, e isto provocará uma reação de resistência e poderá inclusive levá-lo a uma escolha que você não goste.

A criança “lê” você, quando você lhe oferece assistência. É da natureza das crianças enxergar através das palavras e sentir os seus medos por trás delas. Muitas vezes elas respondem com aversão, começam a resistir e parece impossível discutir com elas. Mas, geralmente são os pais que perderam contato com seus sentimentos mais profundos devido ao medo, e assim o problema é que eles só são receptivos à razão. Eles ignoram o seu conhecimento intuitivo, que pode construir uma ponte entre eles e os seus filhos.

Eu citei este exemplo porque ele é tão comum e é tão fácil de se identificar com ele, e porque é tão difícil lidar com os filhos simplesmente a partir do seu conhecimento intuitivo.

Desapegar-se. Esta é a questão. Desapegar-se das suas idéias, dos seus pensamentos sobre o que é certo para o outro. Ir até o agora e perguntar: “O que você precisa de mim?” . Este é o poder; este é o poder curador que você oferece à outra pessoa.

E geralmente o que acontece é que o outro está pedindo: “Tenha paciência comigo. Confie em mim, continue envolvendo-me com a sua fé, mesmo se eu erre tantas vezes.”

A armadilha da cabeça é a fonte de muita preocupação.

Na verdade, tudo é muito mais simples. Em qualquer situação difícil, tente e encontre, com seu sentimento e intuição, o nível de energia no qual tudo se torna muito claro e simples. Você não precisa pensar, só escutar.

Esse é o lugar da energia Crística. Esse é o lugar onde Eu estou esperando por você.

A ARMADILHA DO CORAÇÃO

A segunda armadilha que eu gostaria de mencionar, no caso de ajudar os outros, é a área do coração, o centro do sentimento.

O coração é um ponto de encontro de muitas energias. Ele faz a ponte entre o céu e a Terra. Ele pode construir uma ponte entre diferentes pontos de vista. O coração “coleciona” energias de origens diferentes e é capaz de reconhecer a unidade subjacente a elas. Ele é capaz de transcender a dualidade, com o auxílio das energias de amor e compaixão.

O coração é a sede da simpatia e compaixão por tudo que é vivo e animado. Portanto, é também o seu centro de empatia. O coração desempenha um papel importante no acompanhamento e orientação dos outros. Com o seu coração, você pode sentir a dor dos outros e ampará-los com amor e compaixão.

No entanto, também existe um perigo nisso. A sua compaixão e empatia podem ir muito longe. Tão longe, que você perde uma parte de si mesmo para o outro.

Você precisa saber que, quando você doa demais de si mesmo porque você se deixa levar pelo sofrimento de outra pessoa, a energia “demais” volta-se contra você. Essa porção de energia vai para a outra pessoa, mas não contribui para a solução do problema dela, porque ela não provém de um sentido puro de equilíbrio. Na verdade, essa energia supérflua provém de uma dor em você mesmo, da qual você não está totalmente consciente. Essa dor faz com que você sinta um anseio exagerado por doar.

Você pode perceber quando está fazendo isso. Acontece quando você acaba de falar com alguém, ou de tratar alguém, e em seguida você se sente vazio, frustrado, ou pesado. Isso mostra que você doou demais.

Quando você doa de uma forma equilibrada, você se sente livre, cheio de vida e inspirado. Em seguida, você volta para a sua energia com facilidade. Então, o outro desaparece do seu campo de energia. A sua aura se fecha e cada um segue seu próprio caminho. Tudo está bem.

Mas quando uma ligação com a energia da outra pessoa permanece, porque você quer tanto que ela fique boa ou seja feliz, isso tem um efeito destrutivo na sua energia. Nesse momento, surge uma ligação energética de dependência. O seu bem-estar torna-se dependente do bem-estar de outra pessoa.

Por que isto acontece tão facilmente entre vocês? Por que é tão difícil, para os Trabalhadores da Luz, evitar esta armadilha? De onde vem essa necessidade dolorosamente forte de curar, de tornar inteiro, e de fazer do mundo um lugar melhor?

Existe uma tristeza nos seus corações. Existe, em vocês, um profundo sentido de responsabilidade e conexão com a Terra e com tudo que vive sobre ela. Existe, em vocês, um profundo anseio por outra freqüência de consciência, mais sintonizada com a divindade natural de tudo que vive e respira sobre a sua Terra. Vocês anseiam por uma realidade que responda à canção da sua alma. Uma canção que fale de paz, alegria, conexão e inspiração criativa.

Devido a esse profundo anseio e à inquietação que ele causa, vocês geralmente querem ajudar as pessoas mais rápido do que elas podem suportar. Há impaciência e inquietação em vocês. E isso faz com que vocês tenham dificuldade para se distanciar o suficiente da pessoa com quem vocês estão fortemente envolvidos. Isto claramente toma parte na área pessoal; e também na área da ajuda profissional a outras pessoas.

Desapegar-se da dor e dos sofrimentos de outras pessoas e permitir completamente que elas passem por seus próprios processos, pode provocar uma dor interna em vocês. Isto porque isso lhes leva de volta à sua própria solidão e lhes dá uma sensação de estarem perdidos na realidade terrena. A diferença entre este mundo imperfeito e aquela outra realidade energética com a qual vocês sonham – tão mais pura e bonita do que esta – fere-os profundamente.

É por isso que, na área do coração, a armadilha é a impaciência.

Essa impaciência toma a forma de um grande envolvimento com uma boa causa, ou com o cuidado intenso pelo bem-estar dos outros. Ela toma a forma de muita doação.

Se vocês notarem essa tendência dentro de si, esse anseio por ajudar ou lutar por uma boa causa, sintam a impaciência que existe nisso, sintam a parte da não aceitação da realidade que se apresenta aqui e agora. E saibam também que, quando vocês estiverem claramente conscientes disso, vocês poderão se desapegar disso. Assim que vocês reconhecerem que a sua ânsia e impaciência vêm de uma dor e tristeza internas, vocês poderão parar de doar demais.

As coisas voltarão a ser muito simples.

A única coisa apropriada para se fazer como um curador ou Trabalhador da Luz, é permitir que a sua energia esteja disponível para outros; simplesmente ser quem você é estar em paz consigo mesmo. A freqüência da solução está no seu campo energéticos.

Geralmente você atrai pessoas que têm exatamente os mesmos tipos de problemas pelos quais você mesmo já passou. Você mesmo esteve no fundo desses problemas, com seu coração e alma, e assim você alcançou um conhecimento e uma pureza nessas áreas, que se tornaram partes do seu ser. Aquilo que se torna parte do seu ser é sagrado, inviolável; você não pode perdê-lo. Não é um conhecimento aprendido, que você pode esquecer, mas é você mesmo, transformado pela vida, pela experiência e pela vontade de aprender e entender.

Então, é isto que você tem que compartilhar com os outros e com o mundo: você mesmo.

Você só precisa oferecer isto, indo aos lugares ou fazendo as coisas que você se sente inspirado a fazer, e depois deixando os outros serem ou não tocados pela sua energia. Isto fica por conta deles.

Não há realmente mais nada a fazer... Este é o trabalho de luz que vocês vieram fazer.

Quando vocês ousam vive-lo desta forma, a energia que vocês colocavam em doar demais e em se deixar levar pelo desejo intenso de melhorar as coisas, pode então ser doada a vocês mesmos, para variar!

Vocês viveram tantas vidas na Terra, que foram duras e difíceis; vidas nas quais vocês tentaram incorporar parte da sua luz interior e foram castigados por isso; vidas nas quais vocês tiveram que lutar o tempo todo em vez de verdadeiramente ser quem vocês são e florescer.

Este momento da história lhes oferece a oportunidade de ser quem vocês são. Ser quem vocês são também implica em simplesmente se divertir! Aproveitem a vida!

Estejam prontos para finalmente enxergar a beleza desta existência terrena, mesmo que haja tanta coisa errada. Tentem e assimilem centelhas de beleza na sua aura todos os dias. Tentem e vejam-nas no meio de toda feiúra, de toda desarmonia. Tentem se divertir, recebam o que lhes é oferecido. Ousem receber!

Os Trabalhadores da Luz que também conseguem receber e realmente se divertir, serão mais centrados e poderosos e, portanto, irradiarão a “freqüência da solução” com mais fluidez dos seus campos de energia.

Eles não se esvaziam doando demais. Eles se permitem receber tão facilmente quanto doar e, desta forma, tanto o fluxo da doação quanto o do recebimento tornar-se-ão mais fortes em suas vidas.

A ARMADILHA DA VONTADE

Agora eu gostaria de discutir com vocês a última armadilha no caminho de ser um curador/ajudante..

Em filosofia e psicologia, existe uma distinção tradicional entre a cabeça, o coração e a vontade. Eu citei uma armadilha na área da cabeça, e uma na área do coração, e eu gostaria de terminar com a armadilha da vontade.

A vontade pode ser localizada no plexo solar, um centro de energia perto do estômago. Este centro governa a habilidade de agir, a manifestação da sua energia interna no plano físico, terreno. Quando a vontade está conectada com a sua intuição – a silenciosa parte de vocês que transcende a dualidade – tudo flui sem esforço. Então, a vontade torna-se uma extensão do Cristo em vocês. Vocês podem reconhecer isto pelo fato de sentirem alegria nas coisas que fazem; de sentirem que o seu coração se abre com as coisas que vocês fazem.

Mas muitas vezes vocês não estão bem sintonizados com esse fluxo. Existe uma parte de vocês – que eu chamo de vontade pessoal – que nem sempre quer ouvir a voz do silêncio. Pela sua vontade pessoal, vocês vão querer realizar as coisas de um modo diferente, geralmente muito mais depressa que o fluxo natural. Vocês podem perceber isto quando existe uma inquietação em vocês.

Quando vocês se separam do fluxo natural da sua energia, muitas vezes vocês são perturbados pelos julgamentos externos. Estes podem ser muito barulhentos e ter um grande impacto, fazendo com que vocês sintam-se como “Eu tenho que fazer isto”, “Eu tenho que fazer isto agora”.

O que caracteriza esta utilização forçada da vontade, é a pressão para se fazer alguma coisa. Surge uma tensão interna, que se origina simplesmente de não querer desapegar-se e confiar no seu Ser Superior; confiar na parte silenciosa e sábia de vocês, que está fora do tempo e do espaço.

Usar excessivamente a vontade pessoal também pode fazer parte de ajudar os outros. Em essência, esta armadilha está fortemente ligada à impaciência que pode viver no coração. Aqui também existe a tendência a querer dar demais de uma vez, e a querer ir mais depressa do que é apropriado.

Na área do coração, isso era causado por uma tristeza subjacente, um profundo anseio por mais harmonia no mundo. Mas, na área da vontade, essa impaciência e esse desejo excessivo de “fazer” vêm do desejo de poder pessoal.

Por favor, não considerem o poder pessoal no “mau” sentido da palavra, por exemplo, como querer oprimir ou dominar os outros. Este estágio já foi superado por vocês, há muito tempo. Vocês têm um sentido profundo do valor da vida. O episódio do mau uso do poder às custas dos outros tornou-se parte da sua história. Mas ainda há uma parte, dentro de vocês, que quer ter poder, no sentido de querer influenciar a realidade. Vocês não confiam suficientemente no fluxo natural, no ritmo natural da vida. Geralmente este ritmo é mais vagaroso do que a sua vontade pessoal poderia esperar.

A razão desta lentidão é que todo processo interno de criação começa no nível da consciência e tem que percorrer um longo caminho até poder se expressar na sua realidade material densa. Tudo que vocês criam, a inspiração que vocês querem que se torne fisicamente real, tem que passar por uma série de passos. Vocês podem visualizar o processo de criação como uma descida através dos chakras até a Terra. Cada passo desse caminho pede a vocês, os criadores, que confiem e se sintonizem com o conhecimento silencioso interno, que está sempre aí e transcende tempo e espaço.

Quando vocês perdem o contato com esse ponto de silêncio, esse conhecimento interno, a sua vontade pessoal começa a agir. Isto provoca mais inquietação e mais desvios do que o realmente necessário.

Este “erro” também faz parte de ajudar os outros.

Todos vocês têm um desejo interno intenso de trazer Luz a esta realidade, de alguma forma. Pode ser que vocês tenham o seu próprio consultório ou que tenham um emprego onde ajudem outros profissionalmente. Ou talvez, vocês apenas pratiquem isto no seu próprio ambiente. Isto não faz nenhuma diferença.

O importante é que vocês sintam satisfação como um curador e Trabalhador da Luz; que essa energia curadora, que existe dentro de vocês, possa fluir e que vocês se sintam criativos e inspirados por ela. Para que isto aconteça, é preciso desapegar-se da sua vontade pessoal e confiar naquilo que vem a vocês por si mesmo.

Muitas vezes vocês têm dificuldade em simplesmente confiar, porque geralmente leva mais tempo para atingir suas metas do que vocês pensam. Mas aproveitem esse “tempo de espera” para se divertirem! Cerquem-se de tudo que vocês gostam, tudo que vocês precisam, e até mais. Ousem permitir a si mesmos um certo luxo, em todos os aspectos.

Saibam que todo o trabalho interior que vocês fizerem nesse meio-tempo, elevará a “freqüência da solução” no seu campo de energia. Isso atrairá, para o seu caminho, as pessoas que podem ser ajudadas por vocês.

Desapego é amor. A superação das armadilhas descritas acima é sempre acompanhada por formas de desapego – desapego de pensar demais, desapego de se identificar demais emocionalmente, desapego do uso excessivo da vontade.

Mas se vocês realmente, em confiança, se desapegarem, ajudar pessoas (ou qualquer outra forma de vida) tornar-se-á uma grande fonte de alegria para vocês. Como Trabalhadores da Luz, vocês experimentarão uma profunda satisfação e realização pessoal.

Ao serem curadores, uma certa consciência da unidade, pela qual vocês anseiam tanto, começa a florescer dentro de vocês. A sua consciência começa a perceber que está entrelaçada com a profunda unidade que existe entre todos os seres viventes, entre Tudo Que Existe. Esta ligação consciente com o “tecido” do Espírito fará vocês felizes, no único verdadeiro sentido dessa palavra. Vocês transcenderão a dualidade e entrarão num reino diferente de consciência, que é baseado na unidade e no amor.

O seu sonho mais profundo, a sua satisfação mais profunda, é fazer da consciência da unidade uma realidade viva na Terra, trazer esta realidade para o plano material. Esta é uma bela inspiração, portanto, devido a esta sua meta brilhante, Eu lhes peço que estejam conscientes, na sua energia, das três armadilhas das quais falamos hoje. Estas armadilhas criam inquietação e negatividade na sua percepção da realidade. Pedimos que estejam conscientes disso e que as deixem ir, porque o seu Ser não dual, o Cristo em todos vocês, não quer nada mais do que se manifestar na Terra, aqui mesmo, agora mesmo.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Como se lida com a impaciência?

Na impaciência existe sempre um elemento de raiva – raiva desta realidade, por ela ser como é. Assim que vocês reconhecerem a energia da impaciência como uma forma de raiva, vocês terão andado a metade do caminho. Porque geralmente vocês acham que a impaciência é muito virtuosa, que vocês simplesmente querem que as coisas sejam melhores e, portanto, que é respeitável “dar um empurrão” na realidade.

Mas, essencialmente, a sua impaciência sempre é uma forma de raiva e, na realidade, existe sempre incompreensão na raiva. Sempre se pode descobrir que ser incapaz de aceitar as coisas como elas são é uma conseqüência de não entender por que as coisas são como são.

O primeiro passo para lidar com a impaciência é conhecer o âmago da raiva e senti-la. Então, vocês podem perguntar: “Por que estou com raiva?”

Com freqüência, existe um medo subjacente de que “as coisas nunca vão voltar a estar certas”. Na sua impaciência, vocês dizem “É agora ou nunca”. No desejo de chegar mais rápido, sempre existe um medo oculto de que as coisas não vão acontecer, se não for assim. Esse medo vai se tornar aparente, quando vocês se desapegarem da raiva.

Quando vocês se desapegam da raiva, vocês se confrontam com um certo vazio, uma solidão, dentro de vocês. É uma espécie de “buraco negro”. É disto que vocês têm medo – “Estou com raiva de algo fora de mim, porque estou com medo de algo dentro de mim.” – Este é o porque da raiva.

Quando vocês se desapegam da raiva, vocês têm que viver com a restrição, com a imperfeição das coisas; a imperfeição de como as coisas são. É aqui que vocês podem encontrar-se com sua própria solidão, ou com uma sensação de vazio e falta de sentido. Isto pode parecer muito ameaçador, mas se vocês realmente aceitarem isso, se não lutarem mais contra isso, uma energia totalmente diferente poderá vir à cena. É a energia do amor.

Amor é: viver com a imperfeição; amar o outro com todos os seus defeitos; amar a realidade ao seu redor em todas as suas imperfeições.

Todos vocês encontram o convite do amor no seu caminho. Freqüentemente o amor é muito diferente do que vocês pensam que ele é. Amor também quer dizer: deixar o outro ao seu próprio destino, porque vocês sabem que o processo interno de crescimento conhece a sua própria dinâmica, o seu próprio ritmo. É isso que significa realmente respeitar alguém – libera-lo ou libera-la “com amor”.

Da perspectiva do amor, vocês podem inclusive enxergar a beleza na luta pela qual alguém está passando. Essa beleza pode ser percebida quando vocês realmente entendem e respeitam o fato de que todos esses passos têm que ser dados, e que a alma assume a responsabilidade de realmente passar por essas dificuldades, por essas partes difíceis – pode ser até que, muitas e muitas vezes.

Vocês conseguem observar, de perto ou de longe, um ser querido mergulhado na infelicidade e apoiá-lo e manter a fé nessa alma? Isso é amor. Vocês conseguem continuar sentindo a natureza divina no ser dessa pessoa, mesmo que ela mate, roube e trapaceie? Isso é amor.

A irritação e a infelicidade que vocês geralmente sentem com as coisas que não são resolvidas, não é amor. É uma reação compreensível, mas não é amor.

Como lidar com a impaciência? Permitam-se sentir a sua tristeza por causa da imperfeição; permitam-se ficar tristes porque a solução não está à vista por causa da imperfeição. Permitam-se ficar tristes por causa disso.

Você nos diz que a razão da impaciência – dessa raiva – é a solidão. Você inclusive falou de um buraco negro. Qual é a raiz disso?

Dentro de todos vocês existe esse buraco negro, para onde vocês são lançados de volta quando desistem da impaciência ou raiva. É uma cova escura, um lugar vazio onde tudo se desmorona, ou seja, onde vocês não se sentem conectados, mas solitários e sem sentido.

Solidão e abandono são uma grande questão para todos vocês e é por causa do medo disso que algumas vezes vocês ficam tão preocupados com o bem-estar de outros ou com o bem-estar do mundo. Já falamos um pouco sobre a raiz dessa solidão e desolação, na última vez – na canalização “A dor do nascimento cósmico” (veja no site www.jeshua.net/por). Em última análise, a sua dor baseia-se na separação original do lar – a consciência primordial, Deus. Mas eu não me estenderei mais nisso – já foi discutido naquele texto.

O que acontece com você (a pessoa que está fazendo esta pergunta) em particular, é que existe um medo de estar na sua própria força. Assim que você se desapegar da sua grande preocupação com os outros e da impaciência que faz parte disso (especialmente em relação àqueles por quem você sente muita empatia), você vai sentir aquele buraco negro. Mas, ao mesmo tempo, nisso está implícito um convite para realmente seguir em frente, permanecendo na sua própria força, e encontrar uma grande satisfação, a sua própria satisfação. Existe uma lembrança em você de uma associação entre dor e se manter no seu próprio poder. Essa é a raiz do problema para você. Você tem medo da sua própria força. Reencontrar o seu poder é a chave para se desapegar da raiva e deixar que a alegria e a criatividade entrem na sua vida.

No mundo médico, existe muito conhecimento, mundial, que poderia ser muito útil para muitas pessoas, mas que não é colocado em uso por questões de poder. Por exemplo, prata e ouro coloidais, recursos simples mas muito poderosos. Tudo se resolve em torno do poder. Isso me deixa muito triste e zangado. Como posso superar isto?

Você é um anjo, brandindo os punhos para o Céu, porque você está muito zangado com tudo o que você vê.

A luz do Céu brilha sobre tudo e todos aqui na Terra. Mas tudo e todos têm livre arbítrio, e estão envolvidos num processo de crescimento de consciência, que possibilita a existência de sofrimentos horríveis e injustos, sob o seu ponto de vista. O elo que você precisa, na sua consciência, para chegar a uma aceitação básica disto, é a verdadeira compreensão do livre arbítrio.

O livre arbítrio é uma coisa surpreendente. Ele faz com que todos vocês tenham a capacidade de se tornar completamente separados de Deus, do Lar, da fonte primordial. Na raiz dessa separação, há um desejo profundo de descobrir, de investigar, de criar. Na base da escuridão mais profunda está a criatividade mais profunda.

Querer investigar tudo, incluindo a profundidade mais profunda, vem de um impulso criativo, divino. Toda alma individual tem o direito inato de investigar tudo. E em toda alma existe também a motivação para conhecer todos os extremos. Não apenas através da mente, mas especialmente através da experiência, através de um corpo físico. Porque, de que outra forma vocês poderiam experimentar alguma coisa tão profundamente, senão materialmente, fisicamente, enquanto a sua consciência está velada e vocês não têm nenhum conhecimento das suas origens?

Este é um motivo que está presente em todas as almas, um motivo que você precisa respeitar.

Dê uma olhada em você mesmo e sinta tudo pelo que você já passou e sentiu. Veja quantas vezes você se desviou pela mente, coração e vontade. E perceba quanta sabedoria e beleza, que não existiam antes, vieram a existir na sua alma por você ter tomado esses desvios, eventualmente. Porque toda essa jornada através dos extremos da dualidade não é em vão. Ela levou-o a uma criação interior tão rica, que você ainda não pode ter noção do que você realizou nessa longa jornada.

Você pode ver todo esse processo, pelo qual a Terra e a humanidade estão passando, como um grande experimento de criatividade. E o motivo por trás desse experimento é a alegria da criação, a alegria da experiência.

Quanto mais fundo você se afundou no plano material, mais difícil é contatar essa alegria da criação; sentir que, finalmente, essa é a fonte de tudo, de tudo que vocês experienciam na sua realidade, inclusive da dor e da negatividade. No final, a alegria da criação é a base de tudo.

Como você pode sentir isso? Como você pode fazer contato com isso?

Olhe para cima, não para baixo. Sinta a energia cósmica que é o seu lar, e sinta que todas as coisas têm um significado, mesmo nas horas mais escuras.

Você pode imaginar que tudo que vive na Terra realmente cria sua própria realidade? Que todos os seres sencientes têm usado seu livre arbítrio para atrair uma determinada realidade para eles? Se você puder realmente sentir que o livre arbítrio é verdadeiro em todas as realidades, que a própria criatividade de uma pessoa é que atrai para ela o que lhe acontece, então você pode entender que nenhuma força externa tem poder sobre ninguém. Não existe nenhum poder fora de você que possa impedi-lo de ser quem você é, de entrar em contato novamente com a seu âmago divino. Não existe nenhuma força externa; não existe, em essência, nenhuma vítima. Há sempre liberdade de escolha.

Mesmo os “impotentes” têm liberdade de escolha. E aqui também a questão é ser capaz de respeitar as escolhas deles, não importa quão dolorosas elas possam ser.

Não importa quanto isto possa lhe parecer anormal, Eu quero convidá-lo a aproveitar a vida; a mimar a si mesmo terrivelmente; a dar a si mesmo tudo que você necessita. Não é sua responsabilidade a questão dessas instituições de poder médico e todos os problemas associados a elas. Você tem algo lindo para compartilhar com esta realidade, mas isso não reside na sua energia de luta, e sim em quem você é, na pureza do seu ser.

Então, é a isso que tudo se resume, Jeshua – simplesmente ser e não fazer? E aquelas pessoas da África? Não deveríamos fazer alguma coisa por elas?

A compaixão, a verdadeira compaixão, que está realmente cheia de amor, não é piedade, mas respeito. As crianças famintas que vocês vêem na TV, todas elas são diferentes almas que fizeram escolhas que têm uma longa história atrás delas, da qual o fragmento que vocês vêem na TV é apenas uma peça do quebra-cabeça. Eu não estou tentando negar o sofrimento delas. A questão é que existe uma profundidade, uma dimensão por trás desse sofrimento, à qual você não está fazendo justiça com a sua raiva. A sua reação de indignação é de uma visão muito estreita.

Mais adiante, Eu gostaria de falar alguma coisa sobre o infame “não fazer nada”.

Quanto a você, em particular, eu realmente recomendaria literalmente não fazer nada por algum tempo!! (risadas) Mas, de um modo geral, Eu gostaria de falar o seguinte sobre isso. O “não fazer”, que eu estou sugerindo-lhes, é conectar-se com o fluxo da sua intuição e sentir qual é o ritmo de fazer que lhes parece bom agora. Esse ritmo geralmente é muito mais tranqüilo do que vocês pensam que querem.

Estando sintonizados com o seu fluxo interior (a voz do silêncio), a sincronicidade entra em cena: vocês só agem quando se sentem compelidos a agir por sua intuição, e tudo acontece de uma forma suave e tranqüila; sem resistência. Este fluxo é, em essência, a consciência Crística, aquela à qual Gerrit se referiu como o silêncio no seu ser, fora do tempo, espaço e dualidade (Veja exercícios abaixo, no final do texto). Quando vocês se sintonizam com isso, nas suas idas e vindas diárias, vocês fazem muito menos. As coisas são muito menos movimentadas e congestionadas na sua cabeça, nas suas emoções e inclusive fisicamente, no que vocês fazem. Então, vocês vão seguindo o ritmo natural do seu ser e isso cria tranqüilidade.

No entanto, alguns de vocês são tão “viciados” em “fazer”, que “não fazer” cria tensão. Então, é importante examinar essas tensões, porque, na verdade, os medos estão na raiz delas. Eles vêm à tona quando vocês “não fazem nada”. Antes de vocês realmente conseguirem se sintonizar com o seu fluxo interno, algumas emoções um tanto intensas terão que vir à tona, as quais terão que ser totalmente abraçadas pela sua consciência, antes de poderem se dissolver.

Eu tenho uma paciente, neste momento, que está tão desesperada, que está pensando em suicídio. Será, então, que eu devo respeita-la tanto, a ponto de lhe dizer: “Está certo, essa é a sua escolha”?

Você deve saber que o seu amor – amor significando: deixar que ela seja totalmente livre em sua escolha – pode levá-la a um ponto de mudança. A energia de querer mudar e redirecionar, de querer levar alguém a uma mudança de pensamento, sempre gera resistência... sempre. Para todos os efeitos, o que você está dizendo para a pessoa é: “Você não está bem do jeito que você é. Eu realmente amo você, mas...”

A energia do amor incondicional, onde nada precisa ser feito e tudo é permitido, pode, de fato, levar a pessoa a dar um passo à frente, para liberar um determinado medo.

E assim, em resposta à sua pergunta, Eu digo: “Sim, deixe-a”. Você não percebe que deixando-a, você lhe dá muito. Não é a outra pessoa que você solta, mas sim a sua própria vontade, as suas idéias do que é bom para ela. O que você dá ao outro, quando deixa ir essas coisas, é algo espantoso. É amor.

EXERCÍCIOS DE MEDITAÇÃO

Antes da canalização, dois exercícios de meditação foram dados pelo Gerrit, de modo a introduzir o assunto a ser tratado pelo canal e como uma forma de investigar algumas das questões que foram levantadas em um nível mais profundo, não verbal,

EXERCÍCIO 1

Sente-se ou deite-se numa posição confortável. Relaxe os músculos do seu corpo. Dirija a sua consciência para os músculos dos seus ombros e pescoço, e libere todas as tensões ali localizadas. Faça o mesmo com os músculos do seu abdome, dos seus braços e das suas pernas.

Então deixe a sua atenção ir para os seus pés e sinta a sua conexão com a Terra. Sinta como a Terra sustenta você e lhe oferece descanso, quando você precisa dele.

Tome algumas respirações tranqüilas pelo seu abdome.

Agora deixe que a sua consciência vá para um momento ou período da sua vida, em que você se sentiu muito mal. Qual é a situação que aparece primeiro? Siga essa. Pense novamente nesse período, quando você se sentiu realmente infeliz e desesperado. Sinta novamente como foi isso, como você se sentiu por dentro, naquela época.

E agora, vá para a energia da solução. Pergunte a si mesmo, neste momento: “Como eu saí disso? O que foi que me ajudou mais do que tudo?” Pode ser alguma coisa que veio de outra pessoa, ou simplesmente de dentro de você mesmo. Como você conseguiu sair do seu ponto mais baixo? Nomeie a energia que o ajudou mais.

Então dirija novamente a sua atenção para os seus pés, para a sua respiração, e volte completamente para este agora.

EXERCÍCIO 2

Sente-se ou deite-se numa posição confortável. Relaxe os músculos do seu corpo. Dirija a sua consciência para os músculos dos seus ombros e pescoço, e libere todas as tensões ali localizadas. Faça o mesmo com os músculos do seu abdome, dos seus braços e das suas pernas.

Então deixe a sua atenção ir para os seus pés e sinta a sua conexão com a Terra. Sinta como a Terra sustenta você e lhe oferece descanso, quando você precisa dele.

Tome algumas respirações tranqüilas pelo seu abdome.

Busque na sua memória alguém do seu ambiente mais próximo, alguém de quem você gosta muito e com quem você se preocupa muito. Alguém cujo bem-estar está realmente junto do seu coração. Pode ser o seu parceiro ou filho, ou um colega ou amigo. Deixe que essa pessoa apareça para você, na sua imaginação, e realmente traga a presença dela para dentro de você. Então pergunte-lhe: “O que você precisa de mim?” ou “Como eu posso ajuda-lo da melhor forma?” Faça essas perguntas e depois apenas ouça. Escute o que o outro está lhe dizendo ou fazendo você sentir. Simplesmente deixe que isso venha a você.

Então dirija novamente a sua atenção para os seus pés, para a sua respiração, e volte completamente para este agora.

O objetivo destes exercícios é conscientizar-se do que é verdadeiramente útil numa situação de crise emocional ou de dor. Isto pode ser bem diferente daquilo que você pode pensar que é útil (para você ou para outra pessoa)

 


Tradução para o português: Vera Corrêa <veracorrea77@ig.com.br>, 
© Pamela Kribbe 
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