A sombra masculina mostra tudo o que vemos hoje na sociedade patriarcal. Pois com a perda da conexão do homem com seu Deus Interior e a ausência dos ritos de passagem que quase não existem. Vivemos em uma era de Homens-Meninos.
Quando o homem não realiza sua transição para a Masculinidade Sagrada se torna uma criança inflada, vivendo sob a influência de sua sombra. No livro Rei Guerreiro Mago Amante, os autores Robert Moore e Douglas Gillette afirmam:
“O traficante de drogas, o líder político indeciso, o marido que bate na mulher (fisicamente e verbalmente*), o chefe eternamente ranzinza, o jovem executivo metido a importante, o marido infiel, o funcionário ‘capacho’, o membro da gangue, o pai que nunca encontra tempo para participar das programações na escola da filha, o treinador que ridiculariza seus atletas talentosos, o terapeuta que inconscientemente agride o ‘brilho’ de seus clientes e busca para eles uma espécie opaca, o yuppie – todos esses homens têm alguma coisa em comum. São todos meninos que fingem ser homens. Ficaram assim honestamente, porque ninguém lhes mostrou o que é ser um homem amadurecido.”
*grifo meu
Esses arquétipos tão vistos hoje em dia são resultado de uma era de imposição patriarcal, onde o homem se desconectou com seu Deus Interior.
Para detalhar como funciona a estrutura dos arquétipos masculinos, basta visualizar uma pirâmide. No ápice da pirâmide fica o arquétipo em plenitude e em sua base a sombra. Tanto os arquétipos do menino como os arquétipos do homem possuem quatro facetas e cada faceta possui uma sombra bipolar conforme a manifestação arquetípica – falta de conexão com o arquétipo (negativo) e excesso de conexão com o arquétipo (positivo).
O menino que vive um arquétipo sombra será o correspondente do arquétipo sombra quando homem, pois, não realizou uma transição para o amadurecimento.
Os homens por não conseguirem se conectar com o seu Eu Sagrado e com o Deus, que há dentro de cada homem, não alcançaram a plenitude de seu arquétipo manifestando apenas sua sombra.
Assim como Rá que passa sua Barca dos Milhões de Anos após o pôr do Sol pelo Submundo, enfrentando diariamente a serpente Apep (Apófis), símbolo da destruição e do caos. Somente destruindo o monstro ele poderia renascer regenerado para iluminar um novo dia, ou seja, quando enfrentamos nossas sombras e a equilibramos nos conectamos com o ápice de nosso arquétipo, nos conectamos com o Falo.
Por: Gawe Ausar (Natan Brith)
Fonte:
MOORE, Robert e GILLETTE, Douglas – Rei Guerreiro Mago Amante- A Redescoberta dos Arquétipos Masculinos. Rio de Janeiro – Editora Campus, 1993.
retirado do blog: http://falosagradomasculino.blogspot.pt/2012/05/sombra.html
1ª imagem Chris Hemsworth, walpaper do filme Thor - Marvel Comics
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